Como ter mais assertividade
- Matheus F. Barbosa
- 29 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Ser assertivo é a habilidade de conseguir expressar-se com segurança e sem constrangimento, a fim de alcançar um objetivo. Apesar da técnica exigir firmeza, há de se atentar para não emanar uma comunicação impositiva e de coerção, uma vez que esses “recursos” trazem grandes chances de inviabilizar o sucesso da conversa. Quase sempre este tema está relacionado à diferentes modos de se fazer algum tipo de pedido ou sobre a dificuldade em dizer não às pessoas.
É superimportante ter um repertório assertivo porque diversas situações domiciliares, no ambiente de trabalho e nos outros aspectos sociais da vida eventualmente demandarão que tenhamos esse tipo de traquejo. E é comum que quando não dominamos os meios de sermos assertivos, a outra pessoa consiga – mesmo que não intencionalmente – invadir o nosso espaço psicológico e físico, deixando aquela sensação de frustração e impotência mediante situações onde as nossas vontades são vilipendiadas. A longo prazo, a repetição deste tipo de evento pode criar uma série de crenças negativas sobre si e sobre o mundo para estas pessoas, trazendo à tona diferentes pensamentos disfuncionais que causarão prejuízos sérios à autoestima. A seguir, elencarei alguns aspectos que, se implementados no seu comportamento, certamente te tornarão uma pessoa mais assertiva.
Identifique a situação do outro.
Nesse sentido, ser empático significa que você deve reconhecer a posição onde a outra pessoa se encontra para levar em consideração o pedido que quer fazer, ou o ponto em que quer chegar. Atente-se aos gestos da outra pessoa e procure saber o momento mais propício para fazer esse contato assertivo. Faça-a a saber que você está levando em consideração as necessidades dela, mas sem negligenciar as suas.
Valide e explicite as suas necessidades.
É essencial que você reconheça o que você precisa. E reconhecer nesse sentido tem tanto a ver com identificação quanto com validação. Muitas vezes somos impedidos de agir porque achamos que as necessidades dos outros são mais importantes que as nossas. E isso é muito disfuncional. Pondere com clareza sobre as razões que te fazem precisar dessa determinada coisa. Levante o máximo de argumentos sobre esses motivos tanto para convencer ao outro quanto a si mesmo das suas demandas.
Seja direto e claro.
Você pode ensaiar o quanto quiser antes de se engajar nas tentativas de comunicação assertiva, mas para todas elas, seja direto e claro. Nos seus ensaios – se estes acontecerem – treine argumentos e frases curtas. Procure não titubear. Para isso, faça como sugerido na dica anterior e pondere bem sobre as razões das suas necessidades para que você tenha argumentos sólidos na hora de fazer o seu pedido, e muita confiança. Além disso, aja! Não fique apenas na parte teórica do processo e ponha em prática as suas ações, mesmo que por tentativa e erro. Essa última parte de experimentos comportamentais é especialmente importante porque pode reconfigurar (através do sucesso dessas ações) as suas crenças disfuncionais sobre você e sobre o mundo.
Faça terapia.
Eu não poderia deixar de sugerir uma das mais importantes dicas dessa lista. Fazer terapia te possibilitará reorganizar as suas cognições a fim de validar os seus sentimentos, te trazer mais segurança e técnica para essas interações de assertividade. Poderá também te ajudar nos momentos de dificuldade antes, durante e depois de executar essas ações, que na verdade não são tão fáceis assim de serem postas em prática. Por isso, um psicólogo pode ser um grande facilitador que lhe ajudará a pensar em estratégias customizadas às suas necessidades para que possa enfim chegar no objetivo almejado.
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