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Como é feito o acompanhamento psicológico para pacientes bariátricos?

  • Foto do escritor: Matheus F. Barbosa
    Matheus F. Barbosa
  • 17 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

A cirurgia bariátrica vem se tornando uma opção cada vez mais viável para as pessoas que desejam perder bastante peso a médio prazo. Os motivos pelo qual escolhem este método são diversos, mas todos beneficiam-se da melhora na saúde física e psicológica, aumento da autoestima, implementação da autoaceitação e da autoimagem além de outros benefícios que dependem da particularidade de cada caso. Contudo, a redução de estômago é considerada – apesar de todo o avanço da tecnologia e das capacidades médicas – um procedimento muito agressivo e com elevados níveis de risco. Demanda também uma série de cuidados pós cirúrgicos relacionados à dieta e a precauções físicas que precisam serem seguidos com precisão, sob risco de óbito.


Dito isso, foi convencionado pelos órgãos de saúde competentes que o processo de acompanhamento e realização de cirurgia bariátrica precisa ser multidisciplinar; isto inclui a participação de um gastroenterologista para a realização do procedimento, um cardiologista para acompanhamento da saúde do coração (afinal, é um dos principais órgãos afetados negativamente pela obesidade); um anestesista para fins autoexplicativos, um nutricionista para cuidar de toda a parte da alimentação pré e pós cirúrgica, um endocrinologista para ser responsável pela parte hormonal do paciente; e entre outros possíveis profissionais: um psicólogo.


O trabalho do psicólogo neste acompanhamento é num primeiro instante fazer a avaliação psicológica do paciente para averiguar se este encontra-se apto (psicologicamente) para a realização da cirurgia. O laudo com o resultado é um documento obrigatório entre outros comprovativos para a realização da técnica, uma vez que existe a impossibilidade de êxito quando o paciente não se encontra mentalmente capacitado para submeter-se à mesma.


Infelizmente muitos psicólogos aceitam realizar a feitura do laudo em uma única consulta. Isto é impossível e ilegal porque existe uma série extensa de pontos a serem avaliados; além do Conselho Federal de Psicologia determinar que a quantidade mínima aceitável para a realização minuciosa da avaliação é de quatro consultas a depender da capacitação do psicólogo. Submeter-se à avaliação criteriosa do psicólogo é uma atitude responsável e de preservação da vida.


Entre os critérios técnicos exigidos pelo CFP, o psicólogo precisa averiguar, por exemplo, se o paciente tem algum conhecimento sobre o procedimento, se tem noção dos riscos pelo qual será submetido, se há presença de algum transtorno psiquiátrico que seja impeditivo para a realização da cirurgia, se o paciente possui disposição para cuidados pré e pós cirúrgicos, se o paciente tem clareza a respeito da importância de uma alimentação equilibrada e outros aspectos fundamentais para o sucesso do procedimento; além de uma lista enorme de outros pontos a serem avaliados sobre o estado psíquico do candidato bariátrico.


Nessa altura do texto, se você for um paciente bariátrico em potencial, talvez haja preocupação com algum critério que possa excluí-lo da realização do procedimento. Então vale dizer que “os sintomas mais graves” como a presença de transtornos psiquiátricos como depressão e outros não são excludentes se estiverem sob controle. Caberá ao psicólogo fazer esta avaliação e possível tratamento dos quadros existentes para que o paciente esteja apto para a cirurgia apesar da existência dos quadros nosológicos. Um ponto, no entanto, que precisa ser comentado é sobre a rede de apoio do paciente. Isto é, presença de familiares, amigos ou outras pessoas que possam auxiliá-lo em sua vida particular durante todo o procedimento (leia-se meses que antecedem a cirurgia e abarcam o pós-operatório). A não existência ou fragilidade desta rede certamente será considerada na avaliação.


O Tratamento Psicológico no Pós-Cirúrgico.


A presença das capacidades do psicólogo também é imprescindível depois da cirurgia porque, se não bastasse as implicações físicas que o procedimento inflige ao indivíduo, também haverá a necessidade de readequação psicológica relacionada a novos hábitos (e um novo modelo de vida); a autoimagem, autoaceitação e possíveis questões de identidade. Existem também outras possibilidades de demandas que podem se manifestar dependendo da particularidade de cada caso. Um acompanhamento psicológico certamente será eficaz para o manejo destes casos, principalmente baseado em psicologia cognitiva.

 
 
 

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Matheus Ferreira Barbosa. CRP: 06/167890.

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