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Depressão Infantil

  • Foto do escritor: Matheus F. Barbosa
    Matheus F. Barbosa
  • 12 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

A depressão é uma doença que felizmente vem deixando de ser subestimada. As campanhas de saúde mental focadas no tema alertam para a natureza sorrateira desse transtorno psiquiátrico que tira milhares de vidas anualmente. No entanto, ainda existem aqueles que não acreditam na violência qual o quadro devasta a saúde psicológica dos afligidos, tampouco os núcleos familiares e sociais dos pacientes. Ainda precisamos frisar que depressão não é frescura – cada vez menos – mas, ainda assim continuamos. Dito isto, percebo certo estranhamento quando eu explico que é mais comum do que imaginamos a instalação do quadro em adolescentes e até em crianças.


Assim como em adultos, a depressão infantil é um transtorno neuropsicológico de causas não totalmente desvendadas pela ciência. Sabemos que existe certa propensão hereditária que facilita o acometimento do paciente, assim como a possibilidade de desenvolvimento depressivo através de traumas, experiências fortemente negativas, cognições disfuncionais entre outros fenômenos psicológicos.


A característica principal da depressão é a tristeza persistente, com pelo menos mais de duas semanas. Essa percepção é importante porque todas as emoções têm uma função biológica. No caso da tristeza, por exemplo, ficamos atentos para situações de desconforto e “perigo emocional”, a fim de evitá-las. Mas, quando qualquer sentimento que seja é manifesto de maneira desproporcional, podemos considerá-lo uma disfunção.


Além disso a criança com depressão evidenciará cognições distorcidas, não pautadas na realidade e sentimento de menos valia. Também terá dificuldades de sentir prazer, perda da vontade de brincar ou ir à escola. Se mostrará muito irritável, agressivo e/ou pessimista. As alterações no sono e na alimentação (tanto para mais quanto para menos) também ajudam a diagnosticar a doença. Podem aparecer também sinais de agitação ou apatia e lesões por automutilação em casos extremos.


O diagnóstico da depressão infantil é muito difícil de ser realizado porque, além da dificuldade normal que uma criança possui em se expressar, os sintomas podem aludir para outros transtornos, como a ansiedade. Além disso, a maioria das pessoas possui certa dificuldade em diferenciar o que é uma tristeza mais persistente devido à uma situação delicada na família ou na escola, por exemplo, mas que não necessariamente seja classificada como depressão.


As orientações a serem seguidas sob suspeita é ir imediatamente à um psicólogo, e confirmada a hipótese, pode ser indicado um tratamento multidisciplinar com vários profissionais. Fique atento aos sinais e, ao menor indício, procure ajuda. Adultos já possuem imensa dificuldade em lidar com a depressão. Agora imagine uma criança.

 
 
 

1 comentário


TIA CLÁUDIA
TIA CLÁUDIA
20 de jul. de 2021

Parabéns pelo enfoque!! Essa conscientização e atenção por parte do adulto é muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança na primeira infância. 💖👏🏼

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Matheus Ferreira Barbosa. CRP: 06/167890.

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